Los Angeles

Christian foi levado de urgência para o hospital mais perto. Estava inconsciente, gravemente ferido e com a cabeça literalmente aberta. À medida que entravam a correr com ele pelo hospital adentro, médicos e enfermeiros questionavam-se se o raapz iria sobreviver. Assim que chegaram ao bloco, fizeram de tudo para o salvar.
Horas depois, o estado de saúde de Christian é conhecido. Deste modo, o médico saiu, indo para a sala de espera, perguntando se havia ali alguém que conhecesse o rapaz.

- Está aqui algum familiar ou amigo de Christian Black? - Perguntou, olhando em redor para ver se alguém se manifestava.

O médico assentiu e caminhou até às raparigas. Pediu-lhes gentilmente que o acompanhassem, para lhes darem as notícias num local mais provado e sossegado. Depois de passarem as portas e de chegarem ao seu consultório, o doutor Richards pediu-lhes que se sentassem enquanto ele fechava a porta e caminhava depois até à sua cadeira. Depois de se sentar na mesma, olhou as raparigas e respirou fundo. Uma parecia mais nervosa que a outra.

- Receio que as notícias que vos trago sobre Christian não sejam as melhores - Comeou, fazendo uma breve pausa. Seguidamente, continuou - Vou-me deixar de rodeios. Christian Black está em coma. Pelos ferimentos graves dele, concluo que provavelmente sofreu alguma perda de memória. Mas não tenho a certeza, só o saberemos quando ele acordar. Nesse momento, iremos então ver se perdeu a memória total, parcial, ou se não perdeu nenhuma. - Afirmei, continuando depois - Não sabemos nem temos estimativa de quando ele irá acordar. Ele neste momento está ligado às máquinas, e tudo o que podemos fazer é certificarmos-nos de que ele continua a respirar e saudável, e que as suas feridas sarem... De resto, não podemos fazer mais nada, só nos resta que ele acorde um dia destes - Afirmei, recostando-me depois na cadeira.

Um mês passou desde a grande tragédia, e Christian não acordava. Já se chegava mesmo a temer que ele nunca mais fosse acordar. As enfermeiras tratavam bem dele, lavavam-no, faziam-lhe a barba, vestiam-lhe outras roupas de vez em quando. Especialmente quando sabiam que Dianna Heron o ia visitar. Ela não contava ninguém que o ia fazer, pois ela queria esquecê-lo por aquilo que lhe tinha feito. Mas bem lá no fundo, Dianna sabia que o amava. Por isso, sem contar nem sequer à sua amiga Lydia, Dianna ia visitar Christian, ficandpo lá por vezes todo o horário da visita. Meio mês depois, ela estava lá do seu lado. Nesse preciso momento, estava a desabafar sobre aquele dia. Estava a dizer o quão mal se sentira e o quanto ele a fez sofrer. E foi então que Christian Grey começou a acordar.

*Modo Christian ON*
Senti todo eu voltar a ganhar forças. Ainda de olhos fechados, mexi os dedos das mãos. De seguida, os dedos dos pés, e, ao ganhar confiança, fui mexendo outros músculos. Quando ganhei coragem, abri os olhos devagar. Olhei para a rapariga loira que estava sentada numa cadeira ao meu lado, emocionada.

Fiquei bastante confuso ao ver que estava num hospital. Não me recordava do que se tinha passado para eu estar num sítio daqueles. De facto, por mais que eu tente eu não me consigo recordar de grande coisa. Tentei sentar-me na cama e foi aí que entendi que estava todo eu ligado a mil e um fios. Enfermeiras aproximaram-se apressadamente e, muito espantadas, começaram a observar as máquinas que estavam ao meu lado, e a observar-me a mim atentamente. Eu estava mais confuso que nunca, e sem entender nada. Virei a cabeça de um lado para o outro, fixando o meu olhar na rapariga loira que antes estava ao meu lado, sentada. Ela estava agora no canto do quarto, um pouco emocionada - O que é que...? Porque é que eu..? - Questionava baralhado, sem conseguir acabar as perguntas.

Não entendia nada do que estava a passar. Era tudo deveras confuso para mim. Estavam todos muito espantados por eu ter acordado, e aquela rapariga... Não sei. Não me lembro bem dela, não sei quem ela é. Mas ela diz-me algo. É como se a conhecesse. Depois de ser examinado e ter feito alguns exames, o médico perguntou que dia é que eu pensava que era, e que ano. Quando eu lhe respondi, ele franziu o sobrolho. Parece que, depois de falar comigo, eu afinal tinha errado redondamente na data. Respondi uma data de à dois anos atrás. O médico explicou-me tudo calmamente, e os procedimentos que iria ter de seguir a partir de agora. Voltaram a levar-me para o quarto, e a rapariga ainda lá estava. Quando nos deixaram a sós, depois de me terem ligado novamente àqueles fios, falei-lhe - Olá.. - Disse-lhe apenas

- Como é que te chamas? - Perguntei enquanto a olhava atentamente. Enquanto esperava por uma resposta sua, olhei em redor. Vi melhor os fios que estavam ligados a mim e olhei também as macas. Percebi que tinha ligaduras na cabeça, e que tinha o corpo dorido e pisado. Apesar de já saber o porquê, eu não conseguia recordar nada disso.

- Di..? - Olhei-a, pensativo. Eu lembrava-me daquele nome de algum lado. Não oficialmente? Como assim, não oficialmente? - O que queres dizer com não oficialmente? Desculpa, eu não me lembro... Mas, tu não me és estranha... - Confessei enquanto a olhava.

I'm so confused

I'm so confused

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