Varanda

Neutros Mensagens : 313 Data de inscrição : 14/06/2013

*1 mês depois*

Estava sol hoje e eu estava muito branquinha de pele, por isso vesti o meu bikini mais curto e passei um pouco de bronzeador e deitei-me na varanda.
Há um mês que não via Vincent nem lhe mandava mensagens e nem lhe respondia, não queria que nada me acontecesse e muito menos a ele.

Mestre Mensagens : 315 Data de inscrição : 14/06/2013

Como ela não se dignou a responder, liguei a um dos meus seguranças (tinha que os levar quando saía do país em negócios, uma vez já me tinham tentado matar) e quando ele chegou a minha casa, entramos no carro e eu conduzi para o prédio onde Abbie vivia. Depois de estacionar, voltei a ir subornar o homem da receção para ele me dar as chaves e paguei-lhe mais um bocado para não aceitar subornos de ninguém que fosse para casa de Abbie. Sabia lá quanto maluco o gajo era.

Virei-me para Jim e indiquei-lhe o elevador, subimos até ao seu andar e saímos; abri a porta e Jim ficou no alpendre, encostado à porta fechada. Procurei por Abbie e quando a encontrei na varanda, sentei-me ao seu lado, na outra cadeira.

- Estás demasiado confortável para falar comigo ou com demasiado medo? - arqueei o sobrolho. - Ah, tenho um grandalhão no teu alpendre. - avisei para ela não se assustar. - A tua casa não é nada segura. - abanei ligeiramente a cabeça.

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Assustei-me quando Vincent entrar e a minha vontade era chorar, mas não o ia fazer a sua frente, apesar de começar a ter os olhos húmidos. Eu estava cheia de medo e isso era notório na minha cara, acho eu...
- Vai-te embora Vin... a sério. - pedi-lhe baixinho.

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Arqueei o sobrolho.
- É claro que não me vou embora. - esfreguei as mãos nas calças.
Levantei-me e caminhei até ao limite da varanda, olhando lá para baixo.
- Abbie, sei do que estás a fugir. E, sinceramente, não vale muito a pena. - encolhi os ombros. - Tu é que devias ter escolhido melhor os namorados. - fiz uma careta e olhei para ela por cima do ombro.

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Levantei-me também e enrolei-me numa toalha indo ao pé dele.
- Eu não quero que te aconteça nada... - acabei por admitir, olhando-o nos olhos. - Eu safo-me não te preocupes...

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Revirei os olhos.
- Pensas mesmo que um fulano de merda vai conseguir fazer-me alguma coisa? Tu podes não conseguir ver, mas a minha casa é tipo fortaleza. Eu tenho seguranças. - abanei a cabeça. - Tu não tens que ter medo por mim, por amor de Deus.

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Suspirei baixinho.
- Mas não quero que te aconteça nada por minha culpa. - disse-lhe muito sinceramente.

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Revirei os olhos.
- É isso que o gajo quer. Que tenhas medo.
Olhei para ela.
- Faz uma mala. Ou duas. - ordenei. - Vou buscar os teus gatos.

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Olhei-o também.
- Para onde me vais levar?

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Revirei os olhos.
- Faz o que te digo. - resmunguei e fui buscar as duas casinhas de transportar os gatos.

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Assenti.
Fui até ao meu quarto e pus algumas roupas dentro de uma mala, e noutra sapatos. Ainda fui buscar uns cremes, shampoos e um pouco de maquilhagem.

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Depois de pôr a comida dos gatos numa saca, peguei neles e coloquei-os no transportador.
- Tranca tudo. - avisei-a.

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- Consegues levar a caixa da areia? - perguntei a Vincent.
Fui ainda buscar os dois brinquedos dos gatos e coloquei-os na minha mala.

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Encolhi os ombros.
- Sim. Vai só esvaziá-la. - disse-lhe, tirando-lhe as malas da mão e colocando-as à beira dos gatos.

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Coloquei toda a areia que a caixa tinha para o lixo e acabei por lhe passar um pano para não cheirar mal.
Voltei para junto dele com a caixa. - Toma. - murmurei, pegando de novo as malas.

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Coloquei a caixa na saca e indiquei a porta a Jim que a abriu; saímos e quando as portas foram trancadas, dirigimo-nos para o meu carro e depois para minha casa.

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