Hospital

- Por amor de deus, diz que não vais trabalhar. - pedi exasperada e assim que cheguei a casa dele, estacionei o carro em frente à porta - Diz uma coisa que queiras em troca de ficares em casa. - disse-lhe - Apesar de te estar a fazer um favor e ainda ter de fazer outro, mas diz. - tirei o meu cinto de segurança e virei-me de frente para o Josh enquanto o olhava - Não és mais teimoso que eu. - avisei-o - Estás num estado horrível e apesar de já teres tratado do joelho, continua horrível. Tens de descansar, pelo menos um dia para recuperares o sono e para recuperares do que te aconteceu. - suspirei - Pode ser?

Levantei uma sobrancelha quando me suplicou para não ir trabalhar e levantei a outra depois dela perguntar o que eu queria em troca. Tirei o cinto e encolhi os ombros - eu não preciso de nada em troca, não precisas de estar preocupada, eu não vou hoje. - Abri a porta do carro e tentei levantar-me.

- Amén. - disse num resmungo quando ele finalmente concordou em não ir trabalhar. Saí rapidamente do carro quando ele abriu a porta e tentou sair e assim que dei a volta ao veículo, coloquei um dos meus braços à volta do tronco do Josh para o ajudar a caminhar até casa - Tens alguém em casa que possa tomar conta de ti? - perguntei já à espera de uma resposta negativa - É que algo me diz que não vais conseguir sair da cama. - assim que chegámos ao quarto dele, ajudei-o a sentar-se na cama e olhei-o.

Felizmente, como sou o pai da criança, deixaram-me entrar também. Estava muito baralhado. Tanto estava feliz, como nervoso, ansioso e preocupado. Fiquei sempre do seu lado, segurando a sua mão, tirando-lhe os cabelos da frente dos olhos por vezes - Está quase amor - Disse, baixinho

O parto em si pareceu-me demorado mas, quando tive noção das horas, acabei por chegar à conclusão que até tinha sido rápido. E tranquilo, apesar de todas as dores.
Ouvir o choro da minha bebé foi um grande alívio para mim e dei por mim com lágrimas nos olhos quando a derem para o meu colo.
- É tão linda. - disse muito baixinho, observando-a.

Assim que ouvi a nossa bebé a chorar, sorri abertamente e dei um beijinho rápido à minha noiva. Afastei-me ligeiramente para que a enfermeira tivesse espaço para entregar a nossa filha à minha noiva, e depois fiquei a olhá-las, com o sorriso mais doce e verdadeiro do mundo - Pois é, meu amor. A nossa princesa é linda - Disse baixinho, acariciando a mãozinha da nossa menina.

Sorri para Christian e toquei no nariz da pequena.
- Pega nela. - disse baixinho para Christian, aconchegando a menina na manta.



Charlie? Emma?

Mordi o lábio e engoli em seco e depois assenti, estendendo as mãos, pegando com muito cuidado da nossa pequena filha. Aconcheguei-a a mim e tapei-a bem com a sua mantinha, sorrindo enquanto a olhava - Olá pequenina... - Murmurei, muito feliz.

Emma *-*

Sorri ao ver Christian pegar em Emma e cheguei-me mais para o lado na cama, aproveitando para alcançar a água e beber um bocado.
- Preciso de dormir. - murmurei. - Importaste que eu durma? - perguntei a Christian. - Se ela chorar, podes acordar-me à vontade. A enfermeira daqui a bocado deve vir pesar e medir a bebé...
Estava exausta do parto.

- Claro que não me importo. Dorme, deves de estar exausta... Não te preocupes com nada, fica descansada - Afirmei num tom carinhoso, continuando a acarinhar a nossa pequena filha.

Assenti e fiquei a olhá-los por momentos, acabando por adormecer de tão exausta que estava.

Puxei uma cadeira, confortável, para perto da sua cama e sentei-me, com a bebé nos braços, aproveitando cada momento que eu tinha enquanto ela estava nos meus braços. Nunca me tinha sentido tão feliz, entusiasmado e ansioso.

Quando acordei, Christian estava sentado num sofá ao meu lado, olhando Emma que dormia.
- Olá. - cumprimentei, baixinho, e estendi o braço para fazer miminhos em Emma, que me agarrou o dedo com a pouca força que tinha.

- Olá - Cumprimentei de igual forma num tom baixo, inclinando-me mais para a frente, para que a bebé ficasse mais próxima dela - Está a dormir tão bem... - Comentei.

Sorri para Christian.
- Senta-te aqui. - apontei a cama à minha beira e, quando o fez, sentei-me na mesma ao seu nível, fazendo miminhos em Emma. - Depois acho que lhe vou comprar roupinhas. - não tinha comprado muitas, com medo de que as coisas corressem mal...

- Eu tenho a certeza de que a tua mãe e o teu pai já se encarregaram de lhes comprar dezenas delas... E devem de trazer prendas, às carradas, quando chegar a hora das visitas - Ri-me baixinho e olhei-a nos olhos. Eu tinha informado o pai dela.

Ri-me.
- Mas eu quero comprar também.
Sorri-lhe e encostei a cabeça no seu ombro.
- Obrigada por teres avisado. - agradeci. Tinha-me esquecido completamente face às dores.

- E vais comprar, muita. Toda a roupinha que quiseres. - Sorri-lhe docemente e abanei a cabeça - Não tens nada que agradecer, amor.

Sorri-lhe e fiquei a olhar para Emma que dormia calmamente.
- Veio aqui algum médico depois de terem pesado e medido a Emma? - perguntei a Christian, pegando nela ao colo com cuidado e deitando-a sobre uma almofada que estava no nosso meio. Cobria com a sua mantinha nova e deitei-me de lado, virada para ela e para Christian.

- Sim... veio cá uma médica ver se estava tudo bem, mas foi uma coisa muito rápida. A bebé é linda, perfeita, e mais do que saudável - Disse, bastante feliz.

Sorri, olhando para ele.
- Ela sai a ti. - acabei por dizer com um enorme sorriso.

Voltei a olhar para Di, meio corado e atrapalhado - Tu achas...? - Perguntei baixinho.

Assenti e sorri imenso face ao seu ar envergonhado.
- Olha que agora a Olive vai ficar super ciumenta e vai querer dormir com ela. - fiz uma pequena careta. - Não lhe vai fazer mal. Ela dormia enroscada nos meus irmãos e eles tinham meses. - ri-me baixinho e levei os dedos ao pouco cabelo de Emma.

- Eu consigo mimar as duas ao mesmo tempo, não tem problema - Disse na brincadeira, dando um beijinho na bebé e outro à minha noiva - Amo-te tanto, Di.

Beijei os seus lábios e sorri.
- Eu também, Christian Grey. - disse contra os seus lábios. - Mas acalma os cavalos que não vamos fazer outro tão cedo. - gozei com ele, rindo-me baixinho.