Sala de estar - 1º Andar

Olive subiu para o sofá e sentou-se no nosso colo, no nosso meio.
- Também te amo. - disse baixo a Christian, visto ainda não o ter dito.

Fiz-lhe festinhas assim que se deitou no nosso colo e depois olhei Di, bastante sorridente e de olhos brilhantes.
- É tão bom ouvir isso...

Mordi o lábio e olhei-o.
- Ahm... Tu és ciumento? - perguntei-lhe baixo. Ele tinha que saber por mim que eu dava para os dois lados, ainda podia reparar em mim a olhar para alguma rapariga e ficar passado. Não que eu tivesse intenções de olhar.

- Bastante. Assim do tipo, Ciumento nível expert - Ri baixinho e olhei-a melhor.
- Porque perguntas, princesa?

Mordi o lábio e olhei-o nos olhos.
- Vais ter ciúmes a dobrar. - disse baixo, um bocado receosa pela sua relação.

Franzi o sobrolho e olhei-a confuso.
- Ciúmes a dobrar? Como assim?

Olhei-o.
- Sou bi, Christian. - disse-lhe baixo.

- És quê? - Perguntei, não por não saber o que significa, mas sim por estar meio incrédulo. Fiquei a olhar para ela boquiaberto e surpreso. Acho que até parei de respirar sem me aperceber.

Suspirei e saí do seu colo, sentando-me a seu lado com as minhas pernas sobre as suas.
- Tenho mais tendência para rapazes. - mordi o lábio. - Mas o meu último relacionamento foi com uma rapariga. - encolhi levemente os ombros e olhei-o. - Chateado comigo? - perguntei baixo.

Fiquei calado por uns momentos enquanto a olhava. Voltei a respirar normalmente e respirei fundo, passando a mão pelos cabelos despenteados - Não, não estou chateado - Disse apenas, abanando a cabeça

Engoli em seco e baixei o olhar para as minhas mãos.
- Queres que volte para minha casa? - perguntei baixo, com medo da resposta.

Arregalei os olhos e engoli em seco, segurando logo nas suas mãos, apertando-as gentilmente.
- Não princesa, nada disso - Murmurei, fazendo-a depois encarar-me

Dei por mim a chorar quando os meus olhos encararam os seus.
- Eu não escolhi ser assim... - disse muito baixinho.

- Oh amor.. - Sussurrei quando vi que começou a chorar. Puxei-a para mim calmamente e abracei-a com carinho - Oh princesa, eu sei.. Não chores amor. Eu gosto de ti assim!

Escondi a cara no seu pescoço e fechei os olhos.
- Desculpa. - disse baixo.

- Oh amor.. Não tens de pedir desculpa princesa.. Vá, não chores meu amor.. Não gosto de te ver assim tristonha - Abracei-a mais contra mim e mimei-a

Sorri-lhe levemente e abracei-o, limpando os olhos.
- Odeio ser emocional. - disse baixinho.

- Não há mal nenhum nisso, princesa. Mas eu percebo-te. Eu também não gosto nada de demonstrar tanta emoção.. - Murmurei, recordando o momento de à pouco

Assenti levemente e levantei a cabeça.
- Vamos ver a casa. - fiz beicinho.

- Sim amor, vamos. Desejai ir no meu colo ou a penantes? - Disse na brincadeira e ri baixinho, beijando-a depois

Levantei-me depois de retribuir o beijo.
- A pé. - fiz uma careta e peguei em Olive ao colo, agarrando-a com cuidado.

- Então vamos todos conhecer a casa. Vou-vos mostrar agora a piscina interior - Afirmei num tom divertido e entusiasmado, guiando-os.

encerrado.

Fomos então todos para a sala e sentei-me no banco do piano com a Jessie, que teimou que queria que eu tocasse para ela. E eu assim o fiz, até aparecer Di e ela ter ido ter com a irmã. Voltei a sentar-me perto do meu futuro sogro, conversando com ele sobre várias coisas. No meio, convidei-o para trabalhar para a minha empresa, num alto cargo, e ele ficou muito entusiasmado. Ele parecia ser muito entendido no assunto e eu confio nele, por isso. Minutos depois, Taylor apareceu, de telefone nas mãos, e com uma expressão estranha. - Mr. Grey... - Chamou, sem mais nada me dizer, o que me deixou de imediato preocupado.

Taylor ergueu ligeiramente o seu rosto para olhar Di e acenou negativamente coma a cabeça. - A Dona... - Calou-se de imediato quando me ouvir dizer duas palavrinhas ao telefone, num tom alto e chocado.
- O QUÊ?! - Disse eu, Chocado com o que ouvira. Não podia ser. Ouvi o que a senhora de disse mas não falei mais nada. Estava de olhos arregalados, assustado, com um ar aterrorizado e perdido. Sentia-me vazio, e uma tristeza profunda a crescer dentro de mim. Deixei o braço cair, assim como o telemóvel, e senti as lágrimas a crescerem-me nos olhos com abundância. Apetecia-me gritar e chorar, mas não conseguia fazer nada, estava quieto, petrificado.